quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bolinho Caipira

NA FESTA JUNINA, NUM DIA DE FRIO E ATÉ MESMO NA SUA EMPRESA. SAIBA COMO É FACIL DE FAZER O CONVIDADO MAIS ILUSTRE DO SEU ARRAIÁ
Por Douglas Lugano


Ah! O tal bolinho de festa junina. Quem nunca experimentou aquele bolinho amarelinho recheado de carne, com aquela pimentinha? Dizem que o bolinho caipira tem origem indigena e adaptado pelas tias portuguesas que acrescentaram o recheio a massa cozida consumida assim pelos indios e deram a crocancia mergulhando as pelotinhas em gordura quente. Outra hipótese afirma que o bolinho teria surgido com os tropeiros, durante o século XVII. Ao parar para comer, os tropeiros faziam uma mistura de farinha de milho e água, com tempero e enrolavam a massa num pequeno peixe, e então fritavam; dando assim, também, o formato atual do bolinho caipira.  A versão mais conhecida é que o bolinho caipira seja um quitute da culinária caipira brasileira, originário do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Em 2009 a cidade de Jacareí / SP tombou" o bolinho caipira como "patrimonio cultural".

Literários também sustentam que o bolinho tenha sido criado na cidade de Monteiro Lobato. Segundo esta suposição, o bolinho caipira era conhecido anteriormente como "bolinho da Toninha", por ser uma invenção de uma moradora do município. A iguaria era vendida no mercado tropeiro da cidade e, devido à sua posição dentro do Vale do Paraíba, a receita foi facilmente disseminada para outros municípios da região. Puro folclore?

Não se conhece muito sobre a origem da iguaria, não havendo registros históricos ou fotográficos, sendo assim, uma tradição oral, a tal propaganda boca a boca, o que se sabe é que é uma delicia e muito facil de se fazer.


Quer aprender?

Massa:
- 01kg de Farinha de Milho Amarela;
- 200gr de Farinha de Mandioca;
- 50ml de óleo de soja;
- 3 litros de água fervida com 02 cubos de caldo de galinha;
- Sal e salsinha desidratada a gosto.

Misturar farinha de milho com o restante dos ingredientes. Acrescente a água aos poucos e vá misturando até que a massa não grude nas mãos.
Reserve.

Recheio:
- 01 Kg de Carne Moida -  um truque é pedir para que o açougueiro passe por duas vezes na máquina;
- Suco de 2 limões;
- Sal, pimenta do reino e salsa desidratada a gosto.

 
Com a massa ainda morna, faça bolinhas, abra como pequenos discos não muito finos e no meio, coloque uma quantidade de recheio ainda cru.

Feche a massa e...

Frite em óleo bem quente. A quantidade de óleo é o equivalente a que cobrir totalmente na panela.

Com gotinhas de limão ou pimenta, agora é você quem enfeita o paladar!
Viu só como é facil? Aproveita o fim de semana e depois me conta! Abração e até a proxima!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Broinhas de Fubá!

O VERDADEIRO SABOR DE MINAS GERAIS!
BROINHAS DE FUBÁ. SABOR DO CAMPO COM JEITINHO DE GENTE SIMPLES, TRANSFORMANDO SEU CAFÉ DA MANHÃ!
Os Creditos são de Alessandra de Fatima da Silva, receita extraida do blog da Neide Rigo (come-se)



Fiquei pensando nesses dias de frio - pelo menos no Sudeste e Sul do Brasil - o que levar pra um café da manhã na empresa em que eu trabalho, mas essa dica também vai muito bem pra quando você receber uma visita ou for visitar alguém! Além de ser muito fácil de fazer, é muito saboroso. Não é aquela broa seca que se esfarela toda quando você dá a primeira mordida. Por se tratar de uma massa cozida e depois assada, a consistenciá é de agradar a qualquer paladar, fora que as rachaduras dão aquele charme e você vai pensar duas vezes a partir de hoje, em tomar seu café da manhã naquelas cafeterias "famosas" no caminho a trabalho. Seu bolso vai te agradecer!

Quando minha irmã me sugeriu essa receita, confesso que eu pensei "BROINHA?" Não via graça em comer broa, pensava em algo mais requintado. Pra minha surpresa, fiquei apaixonado quando começamos a fazer. Primeiro porque é muito facil e, segundo porque é muito saboroso. Quer aprender também? Anota tudo certinho e mãos na massa!

Originalmente esta receita é feita com fubá de canjica, praticamente desconhecido fora de Minas e Goiás. Ele é extraído de milho duro e seco resultando num pó muito fino e rico em amido. O que o distingue do fubá mimoso é a granulometria e o tipo de moinho usado para produzi-lo, já que ambos usam como matéria prima o grão do milho amarelo desgerminado e sem o pericarpo (a película que recobre o grão), também chamado de canjica amarela. Tradicionalmente o processo era feito da seguinte forma: o milho era deixado a secar no próprio pé, o que resultava num fubá saboroso e adocicado; depois os grãos debulhados passavam pelo monjolo para que fossem eliminados o gérmen e a película. A parte vítrea, mais dura, do milho era triturada em moinho de pedra, também movido à água (como o monjolo) que, num processo demorado, transformava o milho desgerminado num pó de granulação finíssima. Hoje a maioria é feita em moinho de pedra elétrico.

Eu que fiz!
Uma das preparações mais tradicionais e apetitosas feita com ele são estas broinhas. Antes feitas na cuia, por isso chamadas também de “broinhas de cuité”, elas podem ser moldadas em xícara de fundo arredondado, polvilhada com fubá. As receitas são muito variadas quanto à proporção dos ingredientes e o modo de fazer (pois mineiro que é mineiro, sabe fazer a olho direitinho). Na ausência do fubá de canjica, costuma-se usar fubá comum e amido de mandioca (polvilho) para garantir a liga, a umidade e cremosidade. De vez em quando trago a preciosidade de Gonçalves, sul de Minas. Mas agora estou sem. Então, vamos ficando com esta receita, que é muito boa também. Assim que eu tiver o tal fubazinho, registrarei aqui a fórmula clássica.

Anota a Receita!

Broinha de fubá

- 2 xícaras de fubá de milho amarelo (ou branco);
- 1,5 xícara de polvilho doce;
- 3,5 xícaras de leite;
- 1 xícara de açúcar; (usei mais 1/2 xícara de melado);
- ½ xícara de óleo;
- 1 colher (sopa) de erva-doce;
- ½ colher (chá) de sal;
- 5 ovos pequenos;
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- Fubá (para polvilhar)

Peneire juntos o fubá e o polvilho. Reserve. Coloque numa panela com o leite, o açúcar, o óleo, a erva-doce e o sal. Leve ao fogo e cozinhe, sem parar de mexer, até formar um angu bem duro (não se assuste se grumos começarem a se formar; é que o polvilho gelatiniza antes que o fubá – é só continuar mexendo e tudo dará certo). Espere esfriar, passe para a tigela da batedeira e vá juntando os ovos já mexidos, aos poucos, e batendo sem parar. Junte o fermento em pó e bata para misturar bem.

Unte uma assadeira com manteiga e polvilhe com fubá. Coloque um pouco de fubá dentro de uma xícara de fundo redondo e coloque uma colher (sopa) rasa da massa dentro dela. Agora, chacoalhe rodando a massa até que ela se transforme numa bolinha. Isto é feito porque a massa é meio molinha para ser enrolada nas mãos.

Molde as broinhas, enrolando-as como eu ensino no vídeo:
O Pulo do gato da receita!



Vá colocando na assadeira, deixando um espaço entre elas. Leve para assar em forno bem quente, por cerca de 50 minutos ou até que elas fiquem douradas e firmes (como um bolo). Sirva quentinha com café - ou com manteiga, queijo, goiabada, marmelada. Rende: cerca de 60 unidades



O charme das rachaduras... De Minas Gerais para os paladares mais exigentes.