terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vida que passa!

Eu sou Douglas...
E ser Douglas é ser filho, é ser irmão, é ser amigo, é ser menino mesmo tendo que crescer.
É ter segredos e sonhos. Poder sonhar alto e não fazer disso um segredo.
É me apaixonar rápido e me apaixonar muito.
É amar a vida e as surpresas do desconhecido dia seguinte.
É achar que todo mundo é meu amigo e reserva-los um lugar especial em minha vida.
É me emocionar quando meus amigos me ligam, mandam mensagem.
É comemorar quando sai sol em dias nublados só pra poder contemplar o amarelo intenso dos ypês, meus favoritos.
É ser artista e necessitar de arte e fazer arte sem ser artista.
É pensar, pensar e pensar de novo antes de fazer algo e quando o fizer, perceber que foi algo impensado mas não arrepender no final.
É ter erros, querer ser perfeito... e sofrer com esta ilusão.
É adorar multidão e me jogar no meio do povo e mesmo assim  me sentindo apenas mais um.
É começar a ler vários livros ao mesmo tempo e não terminar nenhum.
É ler minhas anotações e não entendê-las.
É amar certas roupas minhas e vesti-las sempre.
É cantar a cada momento achando que minha vida é um musical.
É precisar do colo da minha mãe e não ter coragem de pedi-lo.
É chorar do nada e chorar muito e mesmo assim não ser Emo.
É ser tímido, parecer arrogante e na verdade ser todo bobo quando me abrem um sorriso.
É ser escorpiano da gema, ser possessivo, querer tudo e escolher ficar com nada.
É não saber falar “não” mesmo sabendo que vou sofrer depois.
É ser orgulhoso, às vezes chato e às vezes fresco...e fazer de tudo isso um charme.

É ser Jeca, ter orgulho de ter nascido no interior e não negar as raízes.
É bater palma a todo o momento por qualquer bobagem.
É pedir silêncio pra assistir um programa na TV e quando o fazem canto do nada um trecho de uma música qualquer.
É falar frases de filmes de repente.
É usar calça jeans e meia branca em casa seja inverno ou verão.
É usar óculos escuros mesmo quando não há sol.
É cantar até ficar rouco no banheiro ou na frente do computador.
É ouvir a mesma música várias vezes, aqueles classicos que só eu conheço.
É ter medo de toda e qualquer espécie de bicho peçonhento.
É ter ânsia quando ver algo que não seja agradável.
É amar ficar descalço nos raros momentos.
É conversar com o a TV em dias de jogos, discordar do comentarista e xingar o juiz.
É detestar, mas não viver sem, a gritaria dos meus irmãos ao conversarem no fim da noite (toda santa noite...).
É precisar sentir a energia da união de meus irmãos nos eventos em família - mesmo não demonstrando esse meu sentimento - principalmente na casa onde fomos todos criados.
É revitalizar minha alma estando com meus sobrinhos, embora me considerem o Tio mais chato.
É venerar meu pai, embora do meu jeito e agradecer sempre pelas pessoas que Deus me presenteou como família, embora não entendendo esse propósito.

É ter saudades; Saudade de ver as estrelas pela janela azul do quarto do fundo e tentar o máximo que podia permanecer acordado para ver o mundo encantado dos brinquedos que eu não tive.
É ter saudade de jogar dominó, baralho até tarde na praçinha em frente a minha casa.
Saudade de ficar acordado até tarde, mesmo que morrendo de sono, esperando minha irmã trazer um lanche que ela não quisesse comer.
Saudade de adorar dias de chuvas para depois brincar de corrida de barquinhos na rua da minha casa sem me importar que achassem aquilo estranho.

É ter saudade de ser quem não sou mais e uma ansiedade imensa de saber quem eu serei...


@Douglas_Lugano

2 comentários:

  1. Adorei o texto! Espero que um dia eu saiba me expressar tão bem quanto você! Abs

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  2. Parabéns, Douglas! Mais um excelente texto!
    Qualquer post vindo do seu blog, já sei que é bom...

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