Por Douglas Lugano
Vou pegar uma estrada que me leva a um destino incerto. Não sei o que há além da paisagem que consigo enxergar.
Abandono bagagens que me pesam os ombros e sinto o alívio das dores desse mundo. Nada mais me dói, nem mesmo as feridas incicatrizadas trazidas do passado no meu íntimo.
Nesse caminho interminável, o pedágio tem um preço alto, mas o destino é compensador. É nele que contemplo o sol, o céu e os campos verdejantes da música que conforta nos momentos mais precisos.
Trago comigo o desejo sagrado do encontro e o anseio pela resignificação do ser e existir. Porque em mim tudo é passageiro.
Sacrário vivo, divino, num humano excomungado, que leva o Criador como seu passageiro na esperança de ser plenificado no caminho
No rádio não há músicas apaixonadas. Nessa viagem, apenas o som do vento cortado pela velocidade de quem tem pressa de chegar.
Sem destino perto, só o rencontro é certo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário