terça-feira, 5 de outubro de 2010

Momento Manguaça cultural.

NÃO BASTA SÓ BEBER, TEM QUE CONHECER!
Por Douglas Lugano
(Texto do Museu do Homem do Nordeste)

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana de açucar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistencia cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.

Resultado: O "azedo" do melado antigo era alcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachava já formada que pingava. Daí o nome "Pinga".

Quando a pinga batia nas costas marcadas pelas chibatadas dos feitores, ardia muito, por isso deram o nome de "Agua-ardente".

Caindo em seus rostos escorrendo até a boca,os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queria ficar alegres repetiam esse processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste)

(Foto: Museu do Homem do Nordeste)





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