NÃO BASTA SÓ BEBER, TEM QUE CONHECER!
Por Douglas Lugano
(Texto do Museu do Homem do Nordeste)
Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana de açucar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistencia cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora?
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: O "azedo" do melado antigo era alcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachava já formada que pingava. Daí o nome "Pinga".
Quando a pinga batia nas costas marcadas pelas chibatadas dos feitores, ardia muito, por isso deram o nome de "Agua-ardente".
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca,os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queria ficar alegres repetiam esse processo.
(História contada no Museu do Homem do Nordeste)
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